Hayate the Combat Butler (Hayate No Gotoku)

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Hayate no Gotoku nasceu como um mangá desenhado por Kenjiro Hata. O título começou a ser publicado em maio de 2004 na revista Shounen Sunday, de autoria da Shogakukan. Atualmente a obra conta com 16 volumes lançados e continua a ser serializado. O mangá alcançou um relativo sucesso em terras japonesas, fazendo com que Hayate no Gotoku ganhasse uma versão animada, que estreou no dia primeiro de abril de 2007.

Mesmo sendo mais recomendado para meninos na pré-adolescência, o anime alcançou grandes níveis de audiência, tendo sido assistido não somente pelo seu público alvo, como também por adolescentes e adultos. Ou seja, Hayate no Gotoku acabou virando um título para toda a família. Não precisa ser gênio para saber que o interesse pela série atraiu a atenção do público otaku, fazendo com que as empresas e editoras do mercado de entretenimento do Japão, logo começassem a lançar o título em vários meios diferentes, como também a vender diversos produtos com o nome da franquia.

A criatividade dos produtores corre solta durante todos os 52 episódios do anime, embora existam alguns momentos sem graça, piadas sem sentido e situações um pouco forçadas, mas nada que assuste, principalmente levando em conta o público alvo. Para contrabalancear isso, temos a marcante presença de um elemento chamado metalinguagem. Em todos os episódios é comum os personagens conversarem com o narrador, lembrarem de alguém devido à aparição do mesmo em episódios passados, chamarem a si próprios de personagens, tem um episódio em especial na qual uma personagem pergunta sobre a sua própria dubladora, além de outras várias situações que diferenciam Hayate no Gotoku de apenas mais uma comédia pirada e sem nada de inovador.

Interessante também são os momentos na qual o anime faz paródia com outros animes, jogos, mangás, filmes, seriados, sites, dramas e comerciais de televisão. Em grande parte, as referências usam os animes e mangás, principalmente shounens. O único ponto negativo é que quem não tem contato com a cultura japonesa pode ficar um pouco perdido, assim como, nem sempre as referências são claras, principalmente por causa da censura, que às vezes chega a cortar uma palavra inteira, diferente de Lucky Star, que pelo menos nessas horas mostrava quase toda a palavra.

Entretanto, nada que o charme do elenco não consiga encobrir. Hayate pode até ser um personagem simples, mas as situações na qual se envolve com outros personagens, dificilmente não dão o toque de comédia necessário para considerá-lo uma personagem interessante. Nagi e o seu vício por jogos, animes e mangás, colocam ela lado a lado com Izumi Konata, embora a otaku de Lucky Star ainda se supere bastante nesse ponto. Quanto aos personagens secundários, a maioria deles são carismáticos e bem trabalhados.

E como se não bastasse o anime cumprir muito bem o seu papel no gênero comédia, temos ainda uma excelente parte técnica. Os traços e a animação são de excelente nível, com traços vivos e coloridos, aliados a bons efeitos de luz e uma animação decente, sem grandes irregularidades. A dublagem também está bem feita, com um elenco de seiyuus competentes e que souberam representar bem os personagens.

Com boas animações, um elenco interesse de personagens, metalinguagem e os dois pontos principais do anime, criatividade e paródia, Hayate no Gotoku supera o seu público alvo, e tem tudo para agradar pessoas das mais diversas faixas etárias e sexo. No começo, 52 episódios podem parecer longos e cansativos, mas depois de assisti-los, as chances de querer mais capítulos são enorme, afinal alguns personagens ainda têm vários pontos para serem desenvolvidos. Para a nossa sorte, a segunda temporada já está confirmada, resta apenas torcer para que as mudanças prometidas pelos produtores não sejam radicais demais a ponto de estragar tudo que foi feito até agora.